quarta-feira, 16 de maio de 2007

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Após EUA, CCR vai para o México


São Paulo, 16 de Maio de 2007 - Maior operadora do País vai participar de privatização conduzida pelo governo mexicano. Após entrar nos Estados Unidos, a CCR, a maior concessionária de rodovias do País, está de olho no mercado mexicano. No dia 26 de junho, a companhia entrega proposta para administrar quatro rodovias na região central daquele país que serão privatizadas pelo governo mexicano. Segundo o gerente de Relações com Investidores da CCR, Arthur Piotto, para esta licitação a empresa finaliza consórcio com fundos de pensão e de infra-estrutura norte-americano e um sócio mexicano. "Os investimentos nesta licitação são altos e é conveniente que se tenha parceiros. Diferentemente do processo no Colorado (EUA), a Brisa não participará desta licitação". Piotto explicou que o governo mexicano estabeleceu que o ganhador será a empresa que oferecer um valor maior pelas rodovias. "Seria, na realidade, o melhor valor de outorga. Mas, diferentemente do Brasil, o pagamento é feito quando se ganha a licitação", afirmou Piotto. O executivo acrescenta que após a entrega da proposta o governo mexicano tem um prazo de até três semanas para indicar o vencedor do processo. A concessão será para 30 anos. Conforme comunicado da empresa, CCR acompanha com atenção mercados do México e EUA, sendo que nos EUA a companhia participa das concorrências sempre em parceria com a sócia portuguesa, a Brisa. Em abril, a empresa brasileira ganhou a licitação no Colorado para a concessão da Northwest Parkway, por 99 anos. "Podemos nos aposentar", brincou Piotto. Para ele, alguns detalhes ainda estão sendo discutidos entre o governo local e a companhia e a expectativa é de que a negociação esteja concluída dentro de três semanas. Além das rodovias internacionais, a CCR também se concentra em projetos de Parcerias Público-Privada (PPP) em curso no País e no segundo lote de concessões rodoviárias do governo federal que deve sair ainda neste semestre. "São projetos interessantes e vamos analisar as possibilidades. Tendo como regra o retorno para nosso acionista". E este retorno pode ser medido no primeiro trimestre deste ano. O lucro da companhia cresceu 27,3% em relação ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 146,8 milhões. A melhora no desempenho reflete melhor performance operacional e redução de custos de depreciação e amortização e de custo da outorga, resultado do reequilíbrio econômico dos contratos da concessão das AutoBan e ViaOeste com o governo paulista. A receita líquida da empresa aumentou 6,1%, para R$ 545,9 milhões no comparativo com o primeiro trimestre de 2006. "96% deste valor se refere a arrecadação em pedágios e com o aumento do movimento de usuários nas rodovias concedidas isso refletiu positivamente", disse Piotto. Os usuários passaram de 571 mil para 771 mil, representando agora 47,4% da arrecadação de pedágio. O movimento de veículos nas rodovias do sistema registrou no período um crescimento de 4,6%, impulsionado pela exportação de produtos agrícolas para o Porto de Santos.

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